Saturday, April 07, 2007

Algo que escrevi há uns 3 anos num teste diagnóstico de introdução à filosofia...

Qual é o sentido da minha vida?

A vida de um ser humano passa por nascer, viver e morrer. Porquê uma tão curta existência? Comparada com a idade da Terra, a nossa estadia no mundo não passa de um simples momento que mal dá para nos apercebermos da realidade daquilo que nos rodeia.
Por vezes pergunto-me o porquê disto tudo. Porque é que vivemos, porque é que morremos? Para quê ter uma família, amigos, ir à escola, formar-me, realizar-me pessoalmente se um dia o inevitável terá que acontecer? Para que sirvo eu então?
Uma crença bastante comum entre os Homens é a de que somos enviados para a Terra para cumprir uma determindada missão. Esta ideia intriga-me, pois é quase o mesmo que dizer que somos programados ou que alguém nos controla.
Portanto, eu nasci, estou a viver a minha vida, sem saber se tenho algum tipo de missão ou não, e a única coisa que tomo como certa é que, um dia, terei de morrer. Até lá, continuarei a viver o que tenho e como tenho que viver, sempre questionando este e outros temas, pois eles até são necessários para que a nossa vida não se torne mecânica, habitual e repetida; de cada vez que pensamos num assunto achamos maneiras diferentes de o tentar resolver e isso até se pode tornar numa espécie de jogo que, mesmo sem darmos conta, nos vai ajudar a pensar e a viver de uma maneira não totalmente verdadeira, mas mais realista.

Saturday, March 03, 2007


Olá. Hoje vou falar da sétima arte. Ontem fui assistir à mais recente obra prima desta temporada de filmes: El Laberinto del Fauno ou Pan's Labyrinth. O filme, da autoria do mexicano Guillermo del Toro, foi um dos nomeados para o óscar de melhor filme estrangeiro de 2007, embora a academia tenha acabado por distinguir o filme Volver, de Pedro Almodóvar, nesta categoria. No entanto, o Labirinto do Fauno recebeu 3 estatuetas douradas na noite dos óscares provando, assim, a qualidade do filme. A história passa-se em 1944, na Espanha fascista. Ofélia, uma menina sonhadora que acredita em fadas e magia, é mandada, juntamente com a sua mãe que se encontra fragilizada devido a uma gravidez de alto risco, para um acampamento militar, liderado pelo seu novo padrasto. Durante a noite, Ofélia conhece uma fada que a guia pelo labirinto existente na floresta próxima do acampamento. No centro desse labirinto, a menina conhece um fauno, que lhe diz que ela é a filha do rei das fadas, há muito perdida. Contudo, para provar que é a verdadeira princesa das fadas, Ofélia terá que passar por 3 provas antes da Lua Cheia ou, caso contrário, nunca provaria a sua verdadeira identidade e nunca conheceria o rei das fadas, seu verdadeiro pai. Embora um tanto violento e sangrento, uma vez que engloba cenas bélicas, é um verdadeiro conto de fadas para adultos, escrito de uma forma brilhante, com gráficos excepcionais, sem falar na banda sonora que não se podia adaptar melhor. Foi pena ter falhado o óscar de melhor filme estrangeiro... Recomendado a quem aprecia um bom filme e a todos os que ainda não deixaram a magia desaparecer das suas vidas.

Saturday, February 24, 2007


Hoje apetece-me falar um pouco de literatura.
Ontem dediquei a minha noite à leitura de um livro que andava para ler há muito.
Gaudí, um romance é uma narrativa do já falecido escritor espanhol Mario Lacruz, vencedor de vários prémios literários no mundo hispânico. Como o título indica, esta obra foca-se na vida do famoso arquitecto catalão Antoni Gaudí, reconhecido pelas suas fascinantes obras de arquitectura na linda cidade de Barcelona. Lacruz, estasiado por todo o fascínio que se encontra em torno da vida do famoso arquitecto, pegou em todos os dados biográficos que tinha juntado ao longo dos anos e aglutinou-os de modo a formar um romance do que poderia ter sido a vida de Gaudí. Na história salienta-se essencialmente o carisma de Gaudí, quer enquanto jovem estudante de arquitectura, como quando já desenvolve projectos mais sérios, como a Sagrada Família.
Embora inicialmente este livro tenha sido um bocado difícil de pegar, não só devidoàs analepses e prolepses iniciais como também devido ao palavreado elaborado, com o desenrolar da história e com as sucessivas tramas da acção conseguiu captar-me a atenção.
Contudo tenho que criticar a péssima tradução do livro a partir do original espanhol, sem esquecer erros de ortografia básicos e gaffes de computador.
Um livro recomendado essencialmente a quem aprecia arquitectura e tem curiosidade pela obra de Gaudí.